terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Exame de admissão?

Na década de 90, as universidades floresceram como cogumelos, com os tais cursos de lápis e papel, na área das letras e humanidades, nos quais não era exigido grande investimento, era tudo lucro. Cavaco e Guterres foram os padrinhos desta realidade. Portugal reconhecido internacionalmente pela excelência do ensino superior, passado 15 anos caiu em descrédito em muitas áreas. Apareceram algumas coisas boas, como a universidade de Aveiro.


O estado é o grande culpado, porque não regulou, mais uma vez, políticos, tinham quotas em sociedades que geriam universidades, e assim isto se aguentou décadas.

Ainda se chamou o professor Adriano Moreira, para dar ares de moralização do processo, mas como o senhor pôs a boca no trombone, chamaram-se ai uns auditores estrangeiros que o deixaram ao ridículo e este bateu com a porta.

Todos sabemos, que no paradigma social português todos querem o canudo. Até há pouco tempo, os estudos diziam que Portugal era dos poucos países europeus onde estudar compensava na ascenção social, dai a corrida ao ensino universitário, não interessando a qualidade.

E assim aqui chegamos. Agora o estado não pode atribuir as culpas da sua negligência aos recem formados.

Primeiro tem de ter a coragem de fechar as universidades sem qualidade, depois tem de dar formação aos professores que considera impreparados e não seguir uma lógica terrorista, em que tudo serve para a arruaça com os sindicatos, tudo é uma moeda de troca.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Governo fala mal do Ensino Superior, mas adorou tirar licenciaturas por fax!
Eu também quero um doutoramento feito em casa por e-mail sem perguntas que queimem muitos neurónios.

João Serra disse...

O estado é sempre culpado, seja porque chove, seja porque não chove.
A malta que foi toda a correr para os novos-cursos-novos-maravilhosos foi seguramente "endrominada" pelo brilho das luzes do "social", coitados...
Onde entra o discernimento e as opções de cada um? Ah!, claro... foi o Estado que não os impediu... ora...