Sócrates foi à sic, submeter-se ao exame de Gomes Ferreira e Ricardo Costa. Apresentou-se com bom aspecto, mais gordo e anafado, tal como o PS, com a cassete política bem gravada. Os entrevistadores estiveram à altura, preparados, mas a questões técnicas Sócrates respondeu com generalidades politicas enumeráveis por um qualquer Zé. Por vezes foi notado o ar crispado do nosso 1º, quando encurralado, chegando a ser desagradável com J.G.Ferreira , mas isso não é defeito é feitio.
Quando se falou nas obras públicas (auto-estradas, TGV e aeroporto) que têm duvidoso custo-beneficio e nalguns casos hipotecariam as gerações futuras por 75 anos, a resposta fugiu de novo à racionalidade técnica, e assentou na opção politica de jogar dinheiro para a economia e criar empregos no betão (daquele que M.F.Leite refere como emprego de ucraniano e cabo-verdiano).
A questão dos bancos foi a que correu melhor a Sócrates. Da nacionalização do BPN respondeu com o risco sistémico, no BPP aplicou a mesma receita mas foi contrariado com as declarações de T.Santos (quando referiu que não tinha peso no sistema nem recebia depósitos tradicionais).
Sobre empresas, falou das injecções na Quimonda, de Aljustrel (não explicou as contrapartidas para os irmãos Martins), nem apresentou uma ideia estrutural para as PMEs, apenas que iria jogar dinheiro, que os bancos estão a reter(é claro os bancos têm critérios no crédito).
Cavaco falou dos agricultores e perguntaram a Sócrates sobre 850 milhões de euros cativos no M.Agricultura, que não saíram para os projectos já apresentados. O nosso primeiro, meteu os pés pelas mãos e traduzido em miúdos: como algum do capital sairia do orçamento de estado de 2008, para não agravar o défice, adiou-se tudo para 2009, na boa tradição politiqueira portuga.
Sobre a avaliação de professores, foi confrontado com uma classe despedaçada, desmotivação, reformas em massa, contestação social, escolas paralisadas , ao que respondeu com a demagogia e desconsideração habitual: “perderam-se 30 anos sem fazer nada; o que havia era um simulacro” desconsiderando três décadas de políticos e muitos governos PS, dos quais fez parte, portanto desconsiderando-se a si próprio_os políticos prestam-se a papeis incríveis…
Quanto à situação politica, considerou Alegre uma espécie de cromo do PS, o poeta de voz livre, da utopia, “que ladra mas não morde”, que se deve manter para assegurar os votos à esquerda. Ficou patente que se prepara para copiar Cavaco, agravar a situação para pedir a maioria absoluta.
No calendário eleitoral não lhe interessam os gastos, somente não juntar autárquicas (com vantagem no PSD) com legislativas_toma então os Portugueses por burros que não separam o trigo do joio; se souber ler a história eleitoral do país fica com a melhor sondagem já feita…
Conclusão: a entrevista foi bem conduzida para o tempo disponível, o 1º foi contrariado, mas nas questões essenciais, respondeu com a cassete política habitual de quem não tem preparação técnica, fugindo ao concreto, mais uma vez apregoando um conjunto de banalidades. Ficaram alguns elementos nas entrelinhas, como a despesa pública sem critérios de racionalidade económica que vai hipotecar as gerações futuras, a teimosia na educação continua, e uma estratégia eleitoralista de poder pelo poder.
Remato_com estes, continuamos a ver o nosso desenvolvimento adiado!
Quando se falou nas obras públicas (auto-estradas, TGV e aeroporto) que têm duvidoso custo-beneficio e nalguns casos hipotecariam as gerações futuras por 75 anos, a resposta fugiu de novo à racionalidade técnica, e assentou na opção politica de jogar dinheiro para a economia e criar empregos no betão (daquele que M.F.Leite refere como emprego de ucraniano e cabo-verdiano).
A questão dos bancos foi a que correu melhor a Sócrates. Da nacionalização do BPN respondeu com o risco sistémico, no BPP aplicou a mesma receita mas foi contrariado com as declarações de T.Santos (quando referiu que não tinha peso no sistema nem recebia depósitos tradicionais).
Sobre empresas, falou das injecções na Quimonda, de Aljustrel (não explicou as contrapartidas para os irmãos Martins), nem apresentou uma ideia estrutural para as PMEs, apenas que iria jogar dinheiro, que os bancos estão a reter(é claro os bancos têm critérios no crédito).
Cavaco falou dos agricultores e perguntaram a Sócrates sobre 850 milhões de euros cativos no M.Agricultura, que não saíram para os projectos já apresentados. O nosso primeiro, meteu os pés pelas mãos e traduzido em miúdos: como algum do capital sairia do orçamento de estado de 2008, para não agravar o défice, adiou-se tudo para 2009, na boa tradição politiqueira portuga.
Sobre a avaliação de professores, foi confrontado com uma classe despedaçada, desmotivação, reformas em massa, contestação social, escolas paralisadas , ao que respondeu com a demagogia e desconsideração habitual: “perderam-se 30 anos sem fazer nada; o que havia era um simulacro” desconsiderando três décadas de políticos e muitos governos PS, dos quais fez parte, portanto desconsiderando-se a si próprio_os políticos prestam-se a papeis incríveis…
Quanto à situação politica, considerou Alegre uma espécie de cromo do PS, o poeta de voz livre, da utopia, “que ladra mas não morde”, que se deve manter para assegurar os votos à esquerda. Ficou patente que se prepara para copiar Cavaco, agravar a situação para pedir a maioria absoluta.
No calendário eleitoral não lhe interessam os gastos, somente não juntar autárquicas (com vantagem no PSD) com legislativas_toma então os Portugueses por burros que não separam o trigo do joio; se souber ler a história eleitoral do país fica com a melhor sondagem já feita…
Conclusão: a entrevista foi bem conduzida para o tempo disponível, o 1º foi contrariado, mas nas questões essenciais, respondeu com a cassete política habitual de quem não tem preparação técnica, fugindo ao concreto, mais uma vez apregoando um conjunto de banalidades. Ficaram alguns elementos nas entrelinhas, como a despesa pública sem critérios de racionalidade económica que vai hipotecar as gerações futuras, a teimosia na educação continua, e uma estratégia eleitoralista de poder pelo poder.
Remato_com estes, continuamos a ver o nosso desenvolvimento adiado!
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