terça-feira, 20 de janeiro de 2009

ANTI-RODRIGUISMO, nova poesia portuguesa

Movimento poético iniciado no longínquo ano da graça de 2008 por umgrupo de 150 000 professores, cujo objectivo único era a exaltação das qualidades intrínsecas da então ministra da (des)educação -- Maria de Lurdes RODRIGUES.)



Seguem-se 5 poemas ilustrativos deste movimento.



Fernando Pessoa - Autopsicografia

A Lurdinhas é um(a) fingidor(a).
Finge tão completamente
que chega a fingir que é amor
Pela escola que ela sente.
E os que a ouvem com ar infeliz

Na televisão sentem bem,
Não o amor que ela diz,
Mas só o ódio que ela tem.
E assim nas calhas da vida
Gira, a corromper a nação,
Esse combóio de corda
Que se chama (des)Educação.

Fernando Pessoa - GOVERNO PORTUGUÊS

Ó governo salgado,
quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por votarmos em ti, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas reuniões tivemos que fazer!
Quantos papéis tivemos que preencher!
Valeu a pena? Nada vale a pena
Se a ministra é pequena.
Quem quer passar a doutor
Tem que passar além da dor.
Deus à escola o trabalho e o sacrifício deu,
Mas nela é que espelhou o céu.

Augusto Gil - Balada da sinistra

Bate leve, levemente, a ministra da educação.
Será cega? Será doente?Surda é certamente,
Pois não ouve a Nação.
Quem bate, assim, levemente,com tão sinistra certeza,que não ouve, que não sente?
Não é anjo, nem é gente,deve ser bicho, com certeza.
Fui ver. A tristeza caíado inferno, não do céu,na nossa escola agora fria.
Há quanto tempo a não via!
Nem tinha saudades, Deus meu!
E uma infinita tristeza, uma grande perturbação entra em nós, fica em nós presa.
Cai neve na Natureza- e cai no nosso coração.

Bocage - Retrato da Sinistra

Baixa, de olhos ruins, amarelenta,
Usando só de raiva e de impostura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Um mar de fel, malvada e quezilenta
Arzinho confrangido que atormenta,
Sempre infeliz e de má catadura,
Mui perto de perder a compostura,
É cruel, mentirosa e rabugenta.
Rosto fechado, o gesto de fuinha,
Voz de lamento e ar de coitadinha,
Com pinta de raposa assustadinha,
É só veneno, a ditadorazinha.
Se não sabes quem é, dou-te uma pista:
Prepotente, mui gélida e sinistra,
Amarga, matreira e intriguista,
É autoritária... e é MINISTRA.

Camões - Soneto à sinistra.

Alma mesquinha e vil, tu que pariste
As normas do estatuto do docente,
Não tens nada de humano, não és gente,
Nada mais que injustiças produziste.
Se lá nesse poleiro aonde subiste
O estado do ensino tens presente,
Repara como és incompetente,
Como a classe docente destruíste.
Se pensas que esta gente está domada,
Te aceita a ti, ao Valter e ao Pedreira,
Estás perfeitamente equivocada:
Em breve encontraremos a maneira
De vos correr p'ra longe à cacetada,
Limpando a educação de tanta asneira!

Por António - recebido por email

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