segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Prós & Prós sistema-O caso Freeport

22:45h_ Vou assistir a um programa que espero ser uma tentativa pública de ilibar o nosso 1º.
Júdice_"Não se pode colaborar com ajustiça portuguesa, porque a justiça portuguesa não é capaz de guardar um segredo". Pergunto eu, quem nomeia o director da PJ, quem faz a arquitectura do sistema policial?
Saldanha Sanches_"O governo quando entrou em funções teve a preocupação de neutalizar a Policia Judiciária"; " isso eu duvido que PJ consiga fazer"(investigar o processo Freeport, devido à captura pelo poder político)
Carlos Amorim_"Está em causa o principio da separação de poderes"
Júdice_"Não tenho a mais pequena dúvida que o Ministério Público não é instrumentalizado, ao contrário da PJ cujo director é nomeado pelo governo"
Carlos Amorim_"O assunto está longe de estar resolvido e é eminentemente político"; "isto não caiu do céu há factos, há gravações, não se pode colocar uma lápide(...) enterrar um morto vivo",
Manuel Meirinho(politólogo)_" estes casos reforçam um sentimento difuso que a corrupção em Portugal começa a ser muito substantiva", "estamos a entrar num fenómeno de corrupção endémica"
S. Sanches_"a nossa separação de poderes é formal"
Judicie_"é com isto que temos de viver", na resposta:
S.Sanches_ "eu não aceito isso", " os jornais acusam o 1º ministro abertamente e não são processados, isto é gravíssimo"
Rui Gonçalves(ex.Sec.Est.Amb)_"Talvez seja o 1º ministro o responsável por tudo isto"(ironia), "parece que há uns emails, uns vídeos(...) e com isto pôs-se em causa o 1º ministro", " é preciso que a procuradoria cumpra a lei, que a justiça cumpra o seu trabalho", "toda a gente pode fazer um romance com duas peças". Na resposta:
Eduardo Dâmaso_" esta cenarização do S. Estado parece-me delirante", "justiça portuguesa ficou parada durante 4 anos e agora refém de uma carta rogatória", "financiamento partidário está a provocar erosão da politica portuguesa"
P.Câmara_"o sitio onde se podiam fazer mais barbaridades era aquele, por existirem ali muitos erros acumulados"
Henrique Santos ICN_"Não fazia sentido continuar um estudo de impacte ambiental numa zona dentro da ZPE e que colidia com o PDM"(disse depois que o projecto foi chumbado e passou para esferas superiores, e como se sabe foi aprovado),
Paulo Morais_"o politico José Sócrates deve ver escrutinado na sua actividade pelo cidadão comum, se soubessse explicar o despacho do freeporte não teria havido problema nenhum( ...) se se seconseguir explicar cabalmente o freeporte então as luvas são para quê?"
Rui Gonçalves: refere que se fêz o Freeporte para limpar a área, criar emprego e até refere que ajudou à conservação da natureza, diz_"isto é que é importante, tudo o resto..."
Paulo Morais:_"se isto é tão claro porque demorou tanto tempo? porque há aqui uma investigação?", "há uma suspeição legitima porque os cidadãos não compreendem a utilidade da lei, tenho a certeza que propositadamente as leis são mal feitas para deixar aqui alçapões"
Eduado Dâmaso _" o presidente quererá uma solução rápida (...)dificilmente poderemos escapar à judicialização do ciclo politico(...)é praticamente impossivel a produção de prova no crime de corrupção em Portugal"(pois, pelos vistos o video só vale para os Ingleses)
Carlos Amorim_"toda esta ideia de campanha negra cria confusão aos portugueses(...)esta tentativa quase patética, tem de ter uma explicação politica(...)se estas suspeitas se avolumarem o PS tem de apresentar outro cadidato às legislativas"
Judice_"tenho a certeza que no fim desta estrada está uma saída totalitária, a democracia não é garantida" (Este senhor acha que poderemos voltar a ditadura, é preocupante que haja gente que possa pensar isso, mas de quem está bem sentado não me admiro)
O programa acabou por ter algum equilíbrio. A Fatinha terminou dizendo que tinha sido uma critica à Justiça, mas o que eu vi foi uma critica aos políticos, ao governo: às leis que fazem propositadamente mal feitas, às nomeações, à arquitectura das policias e sistema judicial que ficam capturados pelo governo. O que vi foi, excluindo Judicie e Rui Gonçalves, os intervenientes com muitas suspeições e duvidas sobre o processo, Paulo Morais e Carlos Amorim em tom explicitamente acusatório perante as provas. Todos exigiram justiça e a maioria concordou em que era necessária uma clarificação politica. Até a Fatinha, contra natura disse_ "já toda a gente percebeu que o governo não pode continuar nesta situação". Talvez também ela a estender já o tapete ao próximo patrão.
Acho que foram aqui ditas coisas muito graves. O ministério público devia sair da toca, arregaçar as mangas e assumir a sua independencia, ninguém ainda percebeu porque esteve o processo quatro anos parado, sendo necessário uns perdigueiros ingleses para isto mexer...

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