domingo, 8 de fevereiro de 2009

PS Vs Bloco: caminhos cruzados

O PS de Sócrates está desesperado. Tenta minimizar estragos dos escândalos de corrupção emperrando a justiça com os magistrados a condenarem a interferência do governo na investigação do Freeporte; segundo o sindicato dos magistrados há suspeitas de vírus informáticos largados em computadores e subfinanciamento, tudo para atrasar os processos. Isto é muito grave, porque destroi a credibilidade do estado, um pilar fundamental.
Impõe uma reforma da educação medíocre e ilegal que vai cair em tribunal com milhões de euros de prejuízo para o contribuinte e anos perdidos.
Desfez a doutrina do partido e recriou-o à sua imagem, como um prepotente one man show autocrático, acontece que as suas matilhas exacerbaram estas características na sociedade e vive-se a tal claustrofobia democrática, até no PS, recentemente aflorada pelo fundador Edmundo Pedro (Soares ficou calado). A doutrina aqui é fundamental, se por um lado destruíram a matriz fundamental, estando à direita do PSD, por outro, estando em queda nas sondagens, fazem tudo para arranjar votos à esquerda como prova a questão dos homossexuais, dizendo Soares que isto não é tema central no PS; e também o esforço que fazem para manter Alegre na esfera do PS oferecendo-lhe a candidatura à presidência.
A lebre da regionalização é transversal ao espectro político e destina-se a captar votos de bases variadas, caciques locais, clientelas dispersas, na lógica do grão a grão, claro está que fascistas nunca aplicarão uma verdadeira descentralização, apenas desconcentração de despesa (veja-se os magalhãesrás câmaras).
O Bloco faz o caminho inverso, ameniza o discurso, esbate as bandeiras das minorias, dá-lhe uma pintura mais institucional, mas não esquece o carácter humanista: a política para o desenvolvimento humano de todas as etnias, cores, minorias, classes, etc. Mas há uma questão central da qual Louçã não abdica, a melhor divisão da riqueza, e aqui os empresários, os capitalistas, os monopólios, as famílias ricas odeiam-no, batem nas costas de Sócrates e votam todos no CDS. Muita gente anda preocupada com o sucesso do Bloco, falam duma crise de identidade? num partido que cresce vertiginosamente? Isso pouco importará a Louçã nos próximos 5 anos. Para já, tirou a maioria ao PS, e isso é importante para a democracia e para o humanismo no país.

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