quinta-feira, 5 de março de 2009

Opurtunismo é a alma do negócio

-Não se pode criticar a GALP por facturar 500000000 euros em 2008 um ano de crise, sendo que 1/5 foi à custa do lento acerto dos preços, contrário ao zelo demonstrado nas subidas. O que é criticável é não haver livre concorrência ( a armazenagem e distribuição está concentrada na galp, a regulação não funciona, os revendedores estão subjugados aos critérios da galp, não se concedem licenças de revenda de forma livre) e o regulador ser subserviente ao governo que tem interesses na galp.
Na EDP o fado é o mesmo. Onde anda o mibel? onde estão os concorrentes da EDP no mercado? são travados pela burocracia que só interessa ao Sócrates. Experimentem a pedir uma licença de produção de energia, vão ver a resposta e quanto tempo demora. Engordar a EDP é engordar o estado obeso, por isso nada muda.
Nos bancos a situação é diferente, porque excluindo a CGD, são privados. A única coisa criticável é se alteraram contratos já assinados. De resto as taxas reflectem a euribor mais o prémio de risco(spred). Se o cliente não gosta, muda de banco e assim se faz o mercado. Compete ao estado regular para o mercado funcionar e os clientes não serem capturados.
Portanto não se pode culpar as GALP, EDP e Bancos, de quererem maximizar lucros, apenas critico fortemente o governo pelo que se tem passado na regulação destes sectores, fortemente penalizador para os cidadãos. SERÁ ISTO A ESQUERDA?
Por último, o que se passa nas facturas da água em Portugal é outro crime. A industria poluiu os recursos hídricos, as autarquias estouraram os fundos estruturais e não trataram do saneamento. Agora querem fazer todas as obras à custa do contribuinte, associado ao escândalo de terem privatizado o negócio das águas, o que também influência as tarifas. A água é um bem comum, de interesse público não um negócio.
PScr- Já agora a corroborar, soube-se à pouco que "A Energias de Portugal anunciou hoje que obteve lucros de 1,091 mil milhões de euros em 2008, o resultado líquido mais elevado de sempre atingido por uma empresa cotada em Portugal. Os resultados líquidos subiram 28% e superaram as previsões dos analistas." JN
O que ficou a mais nos bolsos desses senhores, resultou em parte do empobrecimento do pais.

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