quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
DEPOIS DISTO ENCURTOU-SE A DISTÂNCIA ENTRE A GRÉCIA E PORTUGAL
Sócrates, apregoando aos sete ventos os favores das sondagens, veio ontem bradar de peito feito que:
" a unica novidade foi a suspensão da greve dos professores"
"A avaliação de professores é para manter"
Isso já sub-entendia hoje a postura da ministra. Disse a dita cuja depois da reunião com a plataforma:
"O Governo reforçou a sua convicção quanto à importância de prosseguir com o seu modelo de avaliação com as medidas de simplificação já anunciadas"MLR
"a proposta apresentada pelos sindicatos cabe basicamente, numa folha A4" MLR
«nenhuma proposta verdadeiramente alternativa»MLR
À saida MLR, quase não escondia o seu ar de gozo, de costas largas, proprio do carácter mesquinho nada convergente com serviço público.
Mário Nogueira:
«desacordo absoluto»
«Hoje o desacordo foi absoluto e evidente porque o ministério não aceitou um único dos itens propostos pelos sindicatos»
«Saímos desta reunião exactamente como entrámos, com o ministério inflexível e sem abertura»
Conclusão:
O governo sentiu alívio da pressão por parte dos professores e levantou de novo a arrogância, está-lhe no sangue. Qualquer forma de diálogo é-lhe contra natura.
Mais uma vez o governo encenou um processo negocial e serviu-se dos sindicatos, querendo mostrar que até se esforçou para uma solução. Mais uma vez sabotou a confiança dos portugueses. Agora está por sua conta, não se queixe.
Fico receoso pelo pior...
As declarações ontem de Sócrates já foram mau presságio e este desfecho foi péssimo, já que a revolta é enormérrima e havia alguma espectativa.
O caldo social português fervilha, e os fogos vão-se sucedendo sem nenhum se apagar (ontem de novo militares, hoje de novo os médicos, mas o mais grave as 400 empresas que fecharam no distrito de Braga), e 2009 tera uns reais 12% de desempregados (10% actualmente se lhe adicionarem os que estão em formação mais os de longa duração e já nem falo dos regressados de Espanha da construção civil).
Portanto o nosso 1º que ponha a arrogância na gaveta e começe a governar para o país, já que a distância entre Portugal e Grécia ficou mais curta...
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