quinta-feira, 16 de abril de 2009

PROMESSAS EM FINAL DE LEGISLATURA?????

O governo está desesperado. O lixo teima em sair debaixo do tapete e já fede, fede muito…
Aproxima-se a hora da verdade e para quem foi capaz de tudo nestes 3 anos, não hesitará por todos os meios em comprar os votos que precisa para continuar a ditar, a enxovalhar-nos lá fora, a adiar o desenvolvimento do país, e a engordar as elites à custa do suor, sangue e lágrimas de todos nós.

De repente até o odiável Louçã e o seu BE, vêem o PS a aprovar-lhes uma proposta de lei contra a corrupção e sigilo bancário, quando no passado ignoraram a de Cravinho, politicamente mais fácil de digerir_surpreendidos? O tempo urge, é preciso correr, custe o que custar… ( este PS tenta assim capitalizar à esquerda, obviamente só porque encurralado)
O chefe da quadrilha andou a apregoar aos sete ventos que tinha equilibrado as contas da SSocial. Depois vieram os estudos da OCDE (dos quais desta vez não propagou) a dizer que num futuro próximo teremos as piores reformas da Europa, corroborado por vários parceiros sociais. Veio agora a correr o vieirinha dar o recado do Ali Baba, dizendo que sim senhor, não nos zanguemos, que se vai alterar tudo, que ninguém se apoquente_ Ohhhhh!!!!!
Depois de três anos de guerra no ME, de repente diz o pedreira que não haverá quotas para os titulares. _Perderam a convicção de três anos em três minutos? _Não! é mais uma jogada ilusionista, de propaganda, ainda atiçando o povo aos docentes e desestabilizado a escola. Pelo que consta, se acabarem com o limite de vagas a titular, farão um exame daqueles com 99,999% de chumbos, estão a ver, é precisamente o contrário do que fazem com os exames do secundário. Prometem mais um escalão em final de carreira: outra falácia, depois da reestruturação tiveram de o criar, para equiparação aos técnicos superiores da função publica(já era assim). Quanto à mais rápida transição entre escalões, tudo mentiras para o Zé ruminar de orelha baixa. Os escalões aumentaram o tempo, colocaram armadilhas como pedirem formação sem a disponibilizarem; mas o verdadeiro roubo é na transição: por exemplo chega-se ao terceiro escalão com 10 anos, mas nesta reestruturação muitos lá chegarão com 14 e 15 anos. Em casos que conheço bem de docentes na carreira, há 7 anos que estão sem qualquer progressão e com congelamentos sucessivos, quando no sector privado nos primeiros anos desta década houve aumentos acima da inflação. Quando o ME vem dizer que os docentes têm vantagem em relação à restante função publica, isso é terrorismo politico, uma afronta a todos nós portugueses, uma falta de respeito e de honestidade intelectual, um desdém por quem se sacrifica em termos familiares e monetários, frequentemente com a casa às costas suportando todos os custos em troca de uma m...a de um ordenado e enxovalho do ME.

Com papas e bolos se enganam os tolos. O governo que governe para os portugueses, não para si próprio.
O final do mandato é tempo de balanços da obra feita, não de
foguetada, não de ilusões e promessas do devir
.

1 comentário:

Anónimo disse...

ANÁLISE DE CONJUTURA NA LUTA PELA ESCOLA

Não há dúvida de que temos uma luta complexa e de longa duração.

Como perspectiva, temos
- uma carreira partida em duas, para ‘n’ anos e portanto um meio muito prático para qualquer governo, manter o professorado dividido e subjugado;
- ou temos um combate difícil, mas com saída digna, a de se restabelecer a carreria única, que tanto custou obter (nos anos oitenta e início dos anos noventa; quem tem mais anos disto lembra-se da luta para abolir a prova ao nível do 8º escalão, que - no fundo - era já uma forma encapotada de fazer a divisão da carreira).

É preciso sentido estratégico; ou seja, devemos esforçarmo-nos AGORA, porque agora é o momento decisivo para se fazer inclinar a correlação de forças a nosso favor. O ME e o governo estão num beco sem saída: o que eles acabam de acenar como último rebuçado mostra claramente que o que eles temem é a luta pela abolição das duas categorias na carreira.
Na realidade, trata-se de duas carreiras: este facto é reforçado pelos escalões suplementares que o SE acena como trunfo para seduzir os mais hesitantes. Assim, se houver um escalão suplementar para os não-titulares assim como escalões que apenas são atingíveis se se for titular está-se perante o reconhecimento de que se trata não de categorias mas sim de DUAS carreiras.

Está a mostrar-se a pouco e pouco o estratagema do ministério para obter a tal divisão em duas carreiras; assim estaria definitivamente controlado o professorado; não haveria solidariedade (ou tão difícil de conseguir) entre titulares e não titulares: seria praticamente derrotada à partida qualquer movimentação laboral no sector, mormente as greves.
Não seria necessário proíbir o direito à greve no sector do estado; seria apenas necessário tornar a sua realização algo de completamente inócuo e indolor para o poder. Sem nenhuma possibilidade de mobilização conjunta da profissão, os sindicatos ficariam definitivamente confinados ao papel de submissos «parceiros» em pseudo-negociações, deixariam de existir forças de «bloqueio» (como eles dizem)…

É hora de cerrar fileiras em torno dos sindicatos e de mostrar a todos os colegas que temos de ter coragem de levar até ao fim esta luta; mostrar que estamos capazes de marchar «n» vezes e ainda muito mais, enfim tudo o que for necessário para derrotar esta política contra a escola pública, contra os direitos sindicais, contra as conquistas de garantias e de dignidade que foram tão dificilmente conquistadas ao longo de 35 anos de democracia.

Solidariedade,
Manuel Baptista