O 1º ministro foi ontem ao canal do governo tentar um passe de magia. Apareceu declamatório, próprio de um palco de teatro, onde se vai cantar a cartilha marrada. Para o espectáculo visto, mais valia um padre e um confessionário. Apareceu acossado e agressivo, Judite por momentos sentiu-se incomodada e calou-se. O individuo a certa altura ficou sozinho a falar, não permitiu a condução da entrevista e os entrevistadores intimidados recuaram.
De resto ficou patente o servilismo da TV publica ao governo. Mas o fracasso deveu-se também à falta de capacidade técnica dos entrevistadores, creio que nenhum é de direito ou economia. Foi um espectáculo degradante, a pior entrevista que já vi a um politico. Comentários trocados com várias pessoas indicam-me o mesmo, vários entre nós mudaram de canal por falta de estômago para assistir a tal decadência.
Quanto aos temas debatidos, uma vergonha, os portugueses mereciam ser esclarecidos sobre educação, saúde, politica de justiça e recente vergonha de aumento das taxas, e eleições europeias. O sr 1º ministro prestou-se a um papel de desagravo mediático à Major Valentão. Esses assuntos resolvem-se nos tribunais, não na televisão.
Sobre o que disse, muito mal preparado, não conhece os dossiers, diz um bando de generalidades, já conhecemos de cor as cassetes. Não responde às questões, não argumenta com factos concretos_ por exemplo nunca toca no défice da balança nem no endividamento externo que nos estão a afundar com este governo. Como já escrevi aqui, no final deste ano teremos 10% desemprego e 6 ou 7% de défice, mas disso ele não fala. Não diz também que baixou o défice roubando a classe média e os reformados, passando a carga fiscal de 34% para 37%, não pagando a fornecedores e adiando o investimento. Como toda a gente sabe este governo não conseguiu fazer uma única reforma, não fez uma única obra, navegou quatro anos e baixou a qualidade da democracia.
Votemos em peso, ninguém fique em casa, mas não no bloco central.
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