terça-feira, 16 de novembro de 2010

Temos os nossos políticos de cócoras



Hoje, no Jornal de Notícias, Manuel António Pina apresenta sabiamente a realidade dos nossos políticos do Partido Socialista, e eu acrescento que os políticos do Partido Social Democrata também sofrem do mesmo mal.



Respeitinho é que é preciso



E o Prémio "Cócoras" vai para... os deputados socialistas Marcos Sá, Miguel Laranjeiro, Jorge Seguro, Pita Ameixa, Duarte Cordeiro e Pedro Farmhouse, que, respeitosamente (como cabe a titulares do poder político e representantes eleitos do bom povo), tiveram a ideia de apelar à banca para que, se assim entender, decida "por iniciativa própria" e "sem ser necessário o Governo legislar nesse sentido" pagar uma maior taxa efectiva de IRC, dessa forma "[colaborando] no esforço colectivo de redução do défice" (a taxa efectiva de IRC da banca foi de 16,1% nos primeiros 9 meses de 2009 e de 9,2% em 2010, um terço da que paga qualquer mercearia de bairro).


Claro que (sossegue a banca) a coisa seria temporária, e uma forma de a banca "agradecer" os 20 mil milhões dos contribuintes que o Governo lhe deu em garantias. Isto, sempre muito respeitosamente, para não falar dos 4,6 mil milhões enterrados no BPN.


"E qual seria o valor considerado justo? ", perguntou o 'Público' a Marcos Sá. A agachada resposta prova a justiça da atribuição do cobiçado e acocorado galardão: "A banca saberá até onde pode ir..."


O respeitinho é muito bonito e quando se pede aumento ao patrão, é deselegante, e pode irritar o patrão, dizer-se quanto se quer. Tratando-se de funcionários públicos (ou de desempregados, pensionistas e pobres) , é que não se pede licença, se puxa do "jus imperium" e se fala com voz grossa.”


O Passos do PSD, também anda de cócoras, pediu a um banqueiro para coordenar a sua proposta de revisão constitucional. E até já pediu a benção aos banqueiros portugueses!

Saí-nos cada coelho da cartola!

Senão é rosa, é laranja...

Que o respeitinho é muito bonito!

1 comentário:

Manuel Silva disse...

Os melhores são da opus dei. A esses os bancos pagam reformas obscenas aos seus banqueiros.....e depois vem a C.Episcopal chorar lágrimas de crocodilo!