terça-feira, 23 de novembro de 2010

GREVE GERAL

Partilho a opinião de José Carlos de Vasconcelos na revista Visão sobre a Greve Geral. Esta greve pode não ter resultados imediatos, mas vai fazer com que os nossos políticos de meia tigela pensem bem antes de continuar a fazer malfeitorias a quem trabalha.

O governo do Partido Socialista tira de imediato os direitos de quem trabalha, como as diminuições no subsídio de desemprego ou no abono de família, e só para o ano é que vai taxar os bancos e os ricos… e mesmo assim de mansinho! Aos trabalhadores vai tirar cerca de mil milhões e aos bancos a módica quantia de cem milhões!



E o Partido Social Democrata deixa-se estar muito caladinho e sorri satisfeito, que o Passos Coelho já tem a bênção dos banqueiros.



E ainda têm o desplante de desperdiçar 5 milhões em blindados e material de segurança para uma cimeira que já acabou!



Estou farto de vampolíticos que nos sugam!




Excerto do texto de opinião de José Carlos Vasconcelos”:



Quanto à greve geral, decretada pela CGTP e pela UGT, creio que é absolutamente compreensível e justificável, sem prejuízo de se poder não estar de acordo com todos os fundamentos invocados. Três questões principais se podem, no entanto, colocar: 1) Terá a greve adesão correspondente ao grau de desejo de nela participar, dada a insatisfação e os motivos de queixa da maioria dos trabalhadores? 2) Face à situação que o País vive, é legítimo fazer uma greve que pode contribuir para a agravar? 3) Terá a greve algum efetivo efeito útil, levando à alteração de medidas concretas que contesta?





Respondendo, julgo que: a) A adesão será muito significativa, embora inferior ao desejo de nela participar, por razões que têm a ver com a própria crise e com situações contestadas, da precariedade a imorais, se não ilegais, pressões sobre trabalhadores; b) É legítimo, além do mais porque as centrais sindicais têm feito um uso muito ponderado, limitado, desse instrumento (Portugal é dos países europeus com menos greves); trata-se de uma greve de um só dia e, por isso, de prejuízos limitados; a expectativa, pelo menos a minha, é que os sindicatos serão até um responsável poder "moderador" na crise social que, com as consequentes tensões, se vai aprofundar; c) A greve não deverá ter a virtualidade imediata de alterar as medidas previstas, gravosas para os trabalhadores, mas reveste-se de significado relevante, com efeitos a prazo, como protesto e posição quanto a certas opções de fundo e a uma "política de austeridade" que, além do mais, aumenta diversas injustiças em vez de as minorar.”


Eu faço greve!

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