terça-feira, 7 de julho de 2009

A VINGANÇA NO ADEUS

O Mistério do Eduquês, divulgou hoje a sua vingança nas listas de colocações de professores.

"Confirmam-se resultados que são dos piores de sempre: mais de 99% dos candidatos não entrou nos Quadros!
Numa profunda e inaceitável manifestação de desrespeito pelos professores, o Ministério da Educação, em vez de tornar públicas as listas de colocação dos docentes, para 2009/2010, decidiu, antes, manipular os números para fazer crer o que não é verdade, pois a verdade, usando os números que o ME hoje mesmo tornou públicos, é que:- 99% dos docentes que concorreram para ingressar em quadro não o conseguiram (apenas entraram 417 dos cerca de 50.000 candidatos que apresentaram 65.464 candidaturas - menos de 1%);- 11.836 docentes que já pertencem aos quadros (40,9% do total de docentes dos QZP) não obtiveram colocação no novo quadro criado (Quadro de Agrupamento).
Perante estes números, pode dizer-se que este é um dos piores concursos de sempre, o que só consegue ser disfarçado pela manipulação de números, a um ponto que é de todo inaceitável. Por exemplo, nos quadros que o ME divulga no seu site, é indicado que entre Quadros de Agrupamento e de Escola, a relação vagas positivas / vagas negativas é a seguinte:
2005 - 4.430 / 7.358;
2006 - 6.303 / 5.969;2009 - 20.896 / 2.660.
Ora bem, estamos perante uma grosseira manipulação de números, com o intuito de enganar a opinião pública.
De facto, se o ME considera todas as vagas abertas para os novos Quadros de Agrupamento, que vieram substituir os QZP (que incluíam 28.926 docentes), não pode apenas considerar como negativas as do Quadro de Escola (as 2.660 referidas), mas acrescentar-lhe as que faziam parte do quadro que se extingue - o QZP - e essas são, segundo o Ministério, 28.926.
Isto é, no cômputo global, não há 18.236 vagas positivas este ano, mas, se a este número, forem subtraídas, também, as 28.926 que correspondem a docentes dos QZP que foram obrigados a concorrer para o Quadro de Agrupamento, e nele deveriam ser colocados, então o saldo é negativo, correspondendo a 10.690 vagas a menos.
Não se compreende, também, como pode o ME afirmar que, numa segunda fase, serão colocados mais 38.000 docentes dos QZP e contratados, quando as escolas ainda não fizeram o levantamento de necessidades após esta primeira fase de colocação. O que há são cerca de 38.000 docentes por colocar, entre QZP's e contratados de primeira prioridade, e outros tantos que são identificados pelo ME como "Outros candidatos".
(...) Denuncia, desde já, a manipulação que o ME pretende fazer dos números e reafirma que estamos perante o concurso mais negativo dos últimos anos, que fará crescer, como nunca, as situações de instabilidade para docentes dos quadros e remeterá para o desemprego muitos milhares de docentes que aguardavam o ingresso em quadro ou, pelo menos, uma contratação.

Nota final: Numa primeira observação, verifica-se que a maior parte dos docentes que ingressou em quadro são dos grupos 350 (Espanhol) e 550 (Informática). Na Educação Pré-Escolar, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, no grupo 910 da Educação Especial ou na generalidade dos grupos do 2.º Ciclo não houve qualquer colocação que correspondesse a entrada em quadro" Daqui
_Como sempre disse Milú( figura sagrada na obra de Manuel João Vieira, mentor dos Enapá 2000), foste, mas nós ficamos. Limparemos a merda de quatro anos e reconstruiremos a Escola Pública. Como profundo conhecedor do sistema, não vislumbro uma única medida positiva, só para não falar no que piorou. Ah, tivemos mais betão agora no fim, só foi pena a reconstrução de escolas não ir para PMEs e os contratos terem sido adjudicados sem concurso a grandes empresas. Só 2 ou 3 para recordar a tua politica milusiana, perdoa se embalar...
- Nas aulas de substituição, só Deus sabe o que se passa,
- Alunos faltam à fartazana, mas passam na mesma,
- Com a burocracia, no 3º ciclo, até 5 negativas acabam por passar todos,
- A falta de respeito, desacatos e violência dispararam,
- Os encarregados de educação veneram a escola como uma taberna (a tal questão do enxovalho que tu tanto gostas)
- A escola a tempo inteiro no 1º ciclo, funciona se os pais derem o almoço aos filhos pelo meio e os mudarem de instalações, com professores pagos abaixo da tabela faxineira, que ao fim de semana animam festas de anos (isto eu vi)
- Vivenciamos o milagre dos resultados nos exames nacionais do ensino básico,
- Nunca conheci uma série de 4 anos com tantas gralhas em exames nacionais,
- ECD-kafkiano
- Avaliação Docente-uma novela Chilena
_Epá, eram so 2 ou 3. Pronto. É o eleitoralismo Docente. Sabes lulu, estamos empenhadissimos num movimento eleitoral: p´ra te por nas horas do
piiiiii

1 comentário:

Carlos Pires disse...

Colocação dos professores, avaliação dos professores, estatuto do aluno, exames nacionais...
Trata-se de coisas diferentes mas este governo tem tido uma atitude semelhante em relação a todas elas: mentiras, meias verdades, manipulação...
Espero que percam as eleições e que percam por muitos!